sábado, 6 de julho de 2013

Nome mais lindo do mundo: Cecília

Marcelo Monegato

Escolher o nome é uma das tarefas mais gostosas, porém mais trabalhosas. É politicagem pura. De um lado tem a mãe e suas preferências e, do outro, o pai. Porém, existe um terceiro lado formado por uma galera: avós, avôs, tios, tias, amigos, primos, bisavós, bisavôs e desconhecidos. E tenha certeza, dos três, o do pai é o mais fraco...

Antes mesmo de a Verônica ficar grávida e a discussão realmente ter um propósito, já sabíamos que, no caso de ser menino, o bebê se chamaria Joaquim. Não me pergunte os motivos. Apenas gostamos do nome. No entanto, no caso de ser menina, não tínhamos sugestões. Manuela, Luíza, Antônia. Não faltaram também Maria disso, Maria daquilo...

Bom, várias foram as possibilidades. Nomes lindos. Alguns nem tanto. Muitos comuns. Poucos, raros. Por fim, encontramos: Cecília. O motivo? É o nome mais bonito do mundo! E desafio alguém me provar o contrário.

Ah! E Cecília é o nome de uma das músicas mais lindas do mundo - não é, Chico Buarque?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Luzes de alerta

Marcelo Monegato

As dificuldades são inevitáveis. Estar preparado para elas é fundamental. Verônica e eu enfrentamos os primeiros problemas com a Cecília. Devido ao mal tempo dos últimos dias, a pequena começou a ficar com certa ronquidão no peito - já havia apresentado quadro semelhante, mas sem mucosa nasal, o que era um bom sinal. Desta vez, no entanto, o nariz escorrendo e uma certa falta de ar, principalmente durante a madrugada, nos deixou em estado de atenção, e marcar uma consulta com urgência foi a saída encontrada - e a melhor saída, diga-se de passagem.

Aliás, como é dolorido - para nós, papais e mamães - ver a Cecília tentando dormir, mamar ou simplesmente respirar e não conseguir direito. Observar que o sono e a fome tornam-se sofrimentos para ela. Tornam-se irritação.

A boa notícia é que a pequena não tinha febre - bom sinal. Apesar da mucosa levemente amarelada, o quadro não era de infecção (ufa!). Tratamos com soro fisiológico - algumas gotinhas no nariz um pouco antes de dormir. Depois de uns minutos, usamos o sugador para retirar o excesso de muco do narizinho dela. Eu segurava ela, para o sugador não machucá-la, e a Verônica utilizava o sugador.

E a noite foi tranquila...

domingo, 23 de junho de 2013

Companheirismo, segredos, madrugadas...

Marcelo Monegato

A gravidez da Vê, minha esposa, foi muito tranquila. Sem contratempos, muita azia, raros momentos de enjoo. Pouco mudou minha rotina de levantar cedo, levar a Breja - nossa Dálmata de um ano e cinco meses (esta merece um post exclusivo, me cobrem) - para passear, preparar um café preto forte e comprar dois pãezinhos, um obrigatoriamente branco, exigência dela. Quando queria ou precisava por algum motivo, como rodízio, por exemplo, conseguia ganhar as ruas às 5h rumo ao Grande ABC, onde sou editor do caderno de Automóveis no principal jornal da região.

Então a Cecília nasceu. E com ela as primeiras mudanças. Todas as mudanças. O sono chegava às 21h. A vontade de dormir somente à 1h da madrugada. E a chance de dormir por volta das 2h, quando todas (mãe, filha e cadela) já estavam descansando. Por volta das 5h, todos de pé novamente. Lanche da madrugada da Cecília. Eu, mesmo há poucas horas de pular da cama para trabalhar, fazia questão de acordar - e até hoje faço. Não sou muito útil, mas só o fato de estar ali, de olhos abertos, parecia deixar a Vê mais disposta. Talvez fosse minha a contribuição mais simples e insignificante para que aquele ritual de dar de mamar para a pequena fosse algo especial para nós três.

Hoje deixei de ser estagiário da amamentação para me tornar efetivo. Levanto para esquentar o leite que a Vê tira nos horários de folga com um tira-leite elétrico. A Cecília se adaptou muito bem à mamadeira. Assim, a mamãe também consegue descansar dos dias mais puxados ou mesmo se recuperar dos machucados no mamilo provocados pela própria pequenina. Alguns nem bico de silicone ajuda.

Durante a madrugada, também gosto de dar a mamadeira. É um dos momentos mais deliciosos. É quando ela olha para mim fixamente. Não sei se está me vendo. Não sei no que está pensando. Mas, com certeza, sei que está me sentindo. Quando falo, a Cecília parece tentar entender - acho até que entende, para ser sincero (coisas de pai babão, talvez). A conversa, aliás, é no pé do ouvido. Sussurros com pausas em forma de bocejos. Os primeiros segredos entre pai e filha. Conversas longas. Inesquecíveis. Até um arroto e o sono de princesa.

Hora de levantar. Mas fico na cama mais dez, 20, 30 minutos. Uma hora. Deixo para acordar às 8h. Vou às 10h para a redação. Quem sabe não consigo falar tchau para ela olhando nos olhos? Quem sabe...

sábado, 22 de junho de 2013

Primeiras 'pailavras'

Marcelo Monegato /arquivo pessoal
Marcelo Monegato

A vida é algo frágil. Suscetível a mudanças de todos os tipos. A qualquer hora e em qualquer lugar. A minha mudou. Para melhor. Muito melhor, aliás. Me tornei pai. Dia 13 de maio de 2013 nasceu a Cecília, com 3,230 quilos e 49 centímetros. Cabeluda e com as unhas grandes. Choro forte. Rouco. Mágico.

Pouco mais de um mês depois de muitas fraldas, madrugadas em claro, sessões de amamentação e preparação de mamadeiras, resolvi transformar o privilégio de ser pai em um blog. Quero contar os momentos bons e ruins; alegres e tristes; fáceis e difíceis; simples e complicados. Dividir experiências. Criar um espaço para discutir. Trocar informações.

Sempre que possível - sem periodicidade ou obrigatoriedade - estarei aqui escrevendo passagens da gravidez da Verônica - minha esposa, companheira, amiga e mãe da Cecília - até o nascimento e os primeiros dias de vida da pequena.

Vou postar também artigos, textos, fotos, vídeos e notícias que considerar interessantes. Úteis. Educativos. Convido também outros pais a escrever. Participar de alguma maneira. Todos temos o que dizer. Quem é, foi ou sonha em ser pai.

Boa leitura!